Exposição de reabertura do espaço, inaugurada junto com a videoinstalação "Revolução Cabana". Por meio de oito painéis, é possível conhecer um pouco sobre a história do memorial e da Cabanagem como um todo. A instalação pode ser conferida no museu-cripta, que durante a última reforma recebeu uma intervenção artística sobre os túmulos, com os nomes de 1.953 cabanos que participaram do levante popular.
O Memorial da Cabanagem foi criado em função das comemorações pelos 150 anos do início do Movimento Cabano, a pedido do governador da época, Jader Barbalho. Foi inaugurado em 07 de janeiro de 1985. O monumento foi idealizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (o único projeto dele no Pará). Dentro do conjunto arquitetônico do Memorial, há um museu-cripta. Nele existia um vitral, projetado por Marianne Perreti, e as cinco criptas que continham os restos mortais dos maiores líderes cabanos: Padre Batista Campos, Eduardo Angelim, Antônio Vinagre, Francisco Vinagre e Felix Clemente Malcher.
A Cabanagem (1835-1840) foi uma grande revolução popular ocorrida na Província do Grão-Pará (Belém e interior). Ela é marcada como uma das rebeliões mais sangrentas ocorridas durante o período regencial do Brasil: foram cerca de 30 mil mortos. A Cabanagem, quando comparada a outros movimentos sociais ocorridos no Brasil, pode ser considera como uma das mais significativas porque conseguiu reunir diversos grupos sociais com um mesmo ideal de luta e resistência: eram ribeirinhos, pequenos agricultores, negros escravizados e libertos, pequenos comerciantes, grupos indígenas e uma elite econômica, que tomaram o poder em 07 de janeiro de 1835.
Fotos: Mário Quadros