Fórum de Museus de Base Comunitária e Práticas Socioculturais da Amazônia O Fórum foi criado em 2018, durante o I Encontro de Ecomuseus, Pontos de Memória e Cultura e Museus Rurais da Amazônia, realizado na 16ª Semana Nacional de Museus, com o tema Museus hiperconectados: novas abordagens, novos públicos, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Seu surgimento foi impulsionado por debates sobre o “estado da arte” das identidades, patrimônios e museus do Pará e pela fragilidade das políticas culturais, agravada pelo fechamento do Ministério da Cultura em 2016, cortes de editais, incêndios em museus e desarticulação das redes museológicas na Amazônia. O Fórum é um coletivo autônomo, plural, crítico, educativo e propositivo, que reúne voluntários dos estados do Pará, Amazonas e Amapá. Sua atuação está pautada na Museologia Social e Decolonial, promovendo ações voltadas à defesa dos fratrimônios amazônicos, à educação e às políticas culturais. Organização e ações O Fórum articula reuniões consultivas e deliberativas (virtuais e presenciais), com a formação de grupos de trabalho, além de se comunicar por meio de redes sociais e WhatsApp. É composto por pessoas ligadas à cultura, educação e direitos humanos, com representantes de instituições como o Museu Goeldi, Ecomuseu da Amazônia, Museu Aracy Paraguassu, Ponto de Memória da Terra Firme, Musear das Ilhas e o Movimento das Mulheres das Águas e das Marés de Curuçá. Destaques de atuação Exposição "Caminhos Amazônicos: espaços, flores e artefatos" (2020): mostra virtual, inclusiva e com curadoria colaborativa entre o Fórum, Museu Goeldi, Museu do Marajó, UEPA, Ponto de Memória da Terra Firme, entre outros. Apresentada na Câmara Federal, na SBPC, em escolas públicas, no Instituto de Pesquisas da Amazônia (França) e nas agendas do Ibram (Semana e Primavera de Museus). "Espia Aí!": mostra fotográfica trilingue (Português, Inglês e Apiaká) com grupos culturais do Pará. Foi exibida no IV Colóquio IPEASA/UFPA, no Quilombo Itacua-Miri (Acará) e na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Pavilhão Eduardo Galvão do Museu Goeldi, em articulação com o Sistema Integrado de Museus. Projeto “Do Patrimônio ao Fratrimônio”: cartografia das práticas culturais e poéticas de mulheres amazônidas (Lei Aldir Blanc/2020). Cursos de Museologia Social e Educação Museal em Oriximiná e Itaituba (2021). Participação no eMuse 2023, com apresentações das forenses Gilma D’Aquino, Lúcia Santana e Graça Santana. No ano de 2023, o Fórum junto com o coletivo Curiar e Espiar de Castanhal e a Ass. Brasileira de Ecomuseus e museus comuniários mudaram o cenário museal paraense, antes eramos 2 Pontos e com articulações e o apoio contribuiram para mais de 36 certificações de Pontos de Memória no pará. A Rede Virtual de Museus e Pontos de Memória do Pará reúne Museus, Museus Comunitários, Ecomuseus, Pontos de Memória e outras iniciativas museológicas. Ela é resultado dos debates entre o Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIM/SECULT) e o Fórum de Museus de Base Comunitária e Práticas Socioculturais da Amazônia, com o objetivo de fortalecer parcerias e ampliar a visibilidade desses espaços, em alinhamento com o Plano Setorial de Museus 2025-2035 do IBRAM.
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