Até este domingo (25), o público terá a oportunidade de conferir duas grandes exposições nacionais itinerantes abertas nos museus do estado: “Manifestações Culturais do Brasil - a celebração viva da cultura dos povos”, na Galeria Fidanza, no Museu de Arte Sacra (MAS) e “Imagens que não se conformam”, na Galeria do Museu do Estado do Pará (MEP). Ambas tiveram Belém como a primeira cidade a receber as exposições que vão percorrer outras capitais do país.
A mostra “Manifestações Culturais do Brasil- a celebração viva da cultura dos povos” é composta por fotos, vídeos, objetos de museus, sons e um rico acervo composto por itens de colecionadores e artesãos. São mais de 800 peças expostas com o objetivo de proporcionar experiências interativas com o patrimônio imaterial de todas as regiões do país. Dentre as peças, 52 são bens culturais registrados como patrimônio cultural imaterial brasileiro. A proposta é fazer uma síntese da cultura imaterial brasileira, apresentada com textos informativos, legendas em português, inglês e espanhol, permitindo maior compreensão sobre a importância desses bens para a cultura brasileira.
Além disso, tudo é textualmente exposto, e também apresentado em braile. Para viabilizar uma acessibilidade mais abrangente, um intérprete de libras faz o acompanhamento e monitoria da visita a grupos que apresentem esta demanda. Há ainda, objetos com caráter multissensorial, apresentados como elemento facilitador para a manipulação e a experiência concreta, principalmente para pessoas com deficiências sensoriais (visuais e auditivas), intelectuais e com comprometimentos neuromotores.
A mostra, instalada na Galeria Fidanza, no MAS, é uma realização do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura e apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult), com produção da LP Artes e patrocínio do Instituto Cultural Vale.
Próximo dali, na Galeria do MEP, o público também pode conferir a exposição “Imagens que não se conformam”. A mostra reúne peças da coleção do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e trabalhos de artistas contemporâneos com obras raras do acervo do IHGB que remetem aos períodos colonial, imperial e republicano do Brasil. Além disso, traz trabalhos de artistas paraenses contemporâneos, propondo um diálogo profundo acerca da desconstrução das narrativas históricas já constituídas, como Berna Reale, Nay Jinkings, Marcone Moreira, Emmanuel Nassar, Luiz Braga e Alexandre Sequeira, além da curadoria local do historiador, Aldrin Figueiredo.
A mostra, instalada na galeria do Museu do Estado, também visa tornar mais conhecida do
público a coleção do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), instituição cultural mais antiga do Brasil, fundada em 1838, sob a proteção do imperador D. Pedro II, com objetivo de recolher documentos da história nacional. Com a proposta de colocar lado a lado peças da coleção do IHGB com obras de arte contemporânea e do patrimônio cultural paraense, propõe a interrogação sobre nossa atualidade em perspectiva histórica a partir da experiência amazônica diante do quadro nacional.
Depois de Belém, a mostra seguirá rumo a São Luiz (MA) e Ouro Preto (MG), é baseada no diálogo entre o antigo e o novo, e contará sempre com curadores e artistas das respectivas localidades, reconhecendo assim a diversidade da produção contemporânea e inventariando a multiplicidade de visões sobre a história do Brasil. A exposição é realizada pelo Ministério da Cultura, Instituto Cultural Vale e Instituto Odeon com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
“Estas exposições têm por função precípua inquirir sobre passado, presente, memória, história, identidade do Brasil. Então quem não pode perder a oportunidade de vir conferir. Contam a história do Brasil, mas também questionam a história do Brasil dentro dessa perspectiva: qual é a identidade brasileira, qual é o futuro do Brasil a partir de uma luz à democracia? É neste contexto que a gente precisa avaliar a importância dessas exposições. O acervo é ímpar, por exemplo, do IHGB temos acervos que nunca vieram para Belém e que estão hoje no Museu do Estado do Pará dialogando com com a identidade local e com a produção artística regional com obras importantes do nosso acervo aqui do estado do Pará. Então são exposições que trazem esse diálogo extremamente profundo com a identidade brasileira”, destaca a diretora do MEP, Dayseane Ferraz.
Serviço:
Exposição “Manifestações Culturais do Brasil- a celebração viva da cultura dos povos”
Local: Museu de Arte Sacra
Endereço: Praça Frei Brandão, s/n - Cidade Velha
Exposição "Imagens que não se conformam"
Local: Galeria Museu do Estado do Pará
Endereço: Praça Dom Pedro II, s/n - Cidade Velha
Abertas até 25/06 (domingo)
Horário: 09h às 17h