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Segunda edição do projeto ‘Uma noite no Museu’ bate recorde de visitação

Assim como na primeira edição, iniciativa da Secult bate recorde de público

A noite da primeira sexta-feira, 07, foi movimentada no Complexo Feliz Lusitânia. Aproximadamente 12 mil pessoas participaram da segunda edição do projeto “Uma noite no museu”, iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

Nem a chuva intimidou o grande  público que prestigiou a ação gratuita composta por visitas noturnas a museus do Sistema Integrado de Museus e Memórias do Estado (SIMM), feira do Preamar da Criatividade e apresentação musical. 

As estudantes de fisioterapia, Paula Timóteo e Geovana Salles conferiram atentamente os elementos da mostra  “Amazônia Presente”, na Casa das Onze Janelas. “A gente acaba se enxergando, se identificando nas fotografias e pinturas, mas o mais interessante é que a gente também conhece um pouco mais da Amazônia que a gente vive. Por morarmos aqui, achamos que sabemos tudo, mas é muito importante estar sempre aberto a conhecer um pouco mais. A Amazônia é um universo”,  comentou Paula. 

Na mesma exposição, uma peça específica chamou a atenção das crianças Lina e João, de 8 e 10 anos: a cuia câmera obscura de Miguel Chikaoca. A peça consiste num disco de policarbonato e lente convergente de vidro. “Eu achei a coisa mais legal de todas, porque para onde você aponta você consegue enxergar com a cuia, como se você fosse o fotógrafo”, detalha João. 

A recepcionista Alana Silva, 37, levou os sobrinhos e a mãe para curtir uma noite nos museus do Estado e contou que precisou combinar um roteiro para decidir por onde começar. “Cada um queria começar por um local diferente, mas no final, decidimos iniciar pelo Museu do Círio, depois Fidanza, Igreja de Santo Alexandre, Casa das Onze Janelas e Feirinha. Realmente, vir nos museus à noite é diferente. Uma experiência única, e ao mesmo tempo uma coisa tão simples. Estou encantada, parecem outros  espaços. A iniciativa está de parabéns, porque temos muitas opções neste circuito”, considera Alana. 

O advogado de Santa Catarina, Wilson Casseb, levou a mãe, Alice, de 71 anos, para conhecer os museus do Estado e aproveitou para refletir com ela sobre a delicadeza da coleção exposta na Galeria Fidanza, “Uma poética natural”. “É interessante observar o instinto e a genialidade dos povos originários no manuseio dos elementos da floresta, construir móveis como bancos a partir da madeira bruta, com utensílios tão primitivos, não é pra qualquer um. E não eram móveis simples, eram todos cheios de significados, representavam classes dentro das aldeias. Uma mostra fantástica”, observa o advogado. 

“A resposta do público sempre nos surpreende. Foram mais de 10 mil pessoas na primeira edição. Nesta, nós estamos vendo um fluxo igual de pessoas que vêm conhecer, não só as exposições, os equipamentos museais, mas também viver essa paisagem urbana aqui no centro histórico de Belém. Esta, também,  é uma ação de educação patrimonial. A população gosta de viver  sua cidade e cada vez mais ela se torna vigilante desse patrimônio. Então, nós estamos muito felizes, porque esta ação é um abraço nessa criatividade, nesse talento dos artistas, mas também um abraço na nossa cidade”, aponta a Secretária de Estado de Cultura, Úrsula Vidal.