No próximo domingo (5), O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) inicia o Preamar do Patrimônio, intitulada “Patrimônio, Diversidade e Democracia”. A programação ocorrerá até o dia 12 de novembro com entrada gratuita nos Museus e Memoriais do Estado. Além disso, serão ofertadas uma série de atividades como palestras, vivências formativas, mostras, entre outras. O objetivo da ação é sensibilizar a população para a valorização, preservação e apropriação do patrimônio cultural, para fortalecer o sentimento de identidade paraense.
O lançamento será às 10h, na Casa das Onze Janelas, com roteiro de visita ao patrimônio histórico e vivência em estamparia. Ainda no dia 5, abre a mostra interativa “Estranhas Aranhas - Um Rio de Esculturas” que permanecerá exposta até 30 de novembro, no jardim externo do Forte do Presépio. No dia 7, a secretaria promoverá uma homenagem aos cidadãos e instituições civis que se destacaram na difusão e na salvaguarda do patrimônio cultural paraense. Na oportunidade serão entregues as Comendas Eneida de Moraes, às 18h, na Igreja de Santo Alexandre. O Museu do Marajó apresentará a mostra de bordados marajoaras do projeto Preencult e a roda de conversa “Preservar e ensinar cultura”, no dia 8, a partir das 15h.
Na sexta-feira, 10, a Noite no Museu será voltada para valorização e educação patrimonial e contará com a ação “Cinema e Patrimônio: exibição de filmes em película de Milton Mendonça” no auditório Eneida de Moraes, no Palacete Faciola. Na Igreja de Santo Alexandre será exposta a mostra “Esmolação - Imagens da Marujada de Bragança pelo Brasil”, com fotografias de Alexandre Baena, entre outras atrações.
A educação patrimonial é uma política de diálogo com a sociedade, que tem o intuito de estimular o exercício da cidadania e sensibilizar a sociedade para a valorização, preservação e apropriação do patrimônio cultural, fortalecendo o sentimento de identidade paraense e o exercício da cidadania. .
“A semana do patrimônio, antes de tudo, é uma ação de conscientização sobre o cuidado com aquilo que nos pertence e que determina a nossa forma de ser e de estar no mundo, nossa memória, nossos valores, crenças e cultura. Então, a cada ano nós abordamos um aspecto diferente, tanto na sua dimensão material quanto imaterial, e pra esse ano o tema que nós escolhemos foi ‘Patrimônio, Diversidade e Democracia’, que traz para o tempo presente a importância do patrimônio como fonte de conhecimento e referência para compreender melhor a nossa história e proporcionar uma percepção mais crítica sobre os dias de hoje.” Afirma Armando Sobral, diretor do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM).
“Desenhando e pintando o patrimônio” ocorrerá nos dias 5 e 12, uma ação voltada ao público infantil no Jardim do Forte do Presépio.
Dphac - O Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Dphac), promoverá uma ampla programação durante esta semana, que inclui palestras, mesas redondas e feira criativa. As atividades iniciam às 14h do dia 6, no Centro Cultural Palacete Faciola. A palestra “Azulejaria em Belém” com Stephanie Gasparetto começa às 14h30, no auditório Eneida de Moraes. Mais tarde, às 16h, Helena Lima, Marcele Rolim, Carolina Barros e Deo Almeida irão compor a mesa “Cerâmica Arqueológica da Amazônia - As réplicas artesanais como forma de acessibilidade”, que terá mediação de Cilene Nabiça. Em seguida, às 18h ocorrerá o lançamento de materiais voltados para educação patrimonial. Ainda no dia 6, haverá a nomeação da biblioteca do Dphac, que passará a se chamar Renato Gimenez (Inmemoriam), mais tarde, às 19h, será o lançamento do livro da Série Restauro-Palacete Faciola.
No dia seguinte, 7, Angela Leão e André Lima ministrarão a oficina “Leitura paleográfica e análise de documentos do séc. XVIII e XIX” às 10h30, que ocorrerá também no dia 8, no mesmo horário. Depois, às 14h30, a mesa “O papel da Legislação na garantia da proteção ao patrimônio cultural” será com Benedito Sá, representante do MPPA, Ricardo Sefer pela PGE, Felipe Silva do MPF e Lucas Fernandes da Secult, com mediação de Ricardo Bentes.
Às 16h, a mesa “Patrimônio humano, diversidade e democracia” contará com participação de Jane Gama, representando a prefeitura de Belém, Ester Souza pelo MLA/PA e Renila, o secretário de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos, Jarbas Vasconcelos, Erasmo Teófilo do Instituto Pororoca e Lara Costa da Associação Indígena WYKA KWARA, com mediação de Sabrina Campos.
Na quarta-feira, 8, a mesa “Registro do Patrimônio Imaterial" com Éden Costa, Cristina Vasconcelos, superintendente do Iphan e Wanessa Pires Lott, com mediação de ngela Leão, iniciará às 9h. Em seguida, a mesa “Pontos de Memória e Espaços Culturais como Patrimônio no Pará”, às 15h, terá mediação de Cilene Nabiça, com os palestrantes Lúcia Santana, Adriana Sousa e Denilson Batista.
No dia 9, a mesa “Construção de Processos de Tombamento - FSCMPA, Farmácia República e União Espírita do Pará”, será com Iara Melo, Ana Valéria Barros e Shirley Monteiro, ocorrerá às 9h, a mediação será de Rebeca Ribeiro, que em seguida, às 14h30 também apresentará a palestra “Edifício Manuel Pinto da Silva, construção e história”. Mais tarde, Rebeca também será mediadora da mesa “Propostas de salvaguarda e Educação Patrimonial: a experiência do Fórum do Patrimônio Moderno de Belém” que terá integrantes do Lahca/UFPA como palestrantes, George Bruno, Lohanna Souza, Rebeca Dias e Ronaldo Moraes.
Para encerrar a programação no dia 10, Sabrina Campos facilitará uma Rota Patrimonial pelo Parque Soledade, que irá dispor de contação de história, por Kadu Santoro e sairá às 9h do estacionamento do Centro Cultural Palacete Faciola. Entre as ações do Dphac está uma mini feira criativa com empreendedores locais no Palacete Faciola, do dia 6 a 8 de novembro, das 9h às 18h.
Texto: Juliana Amaral (Ascom Secult)