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Após reconstrução pelo Governo do Pará, Museu do Marajó recebe mais de 125 mil visitantes

Com um acervo reunido pelo padre Giovanni Gallo, o Museu localizado em Cachoeira do Arari foi reaberto ao público há dois anos

Peças da milenar cerâmica marajoaraA reabertura do Museu do Marajó, no município de Cachoeira do Arari, no arquipélago marajoara, completa dois anos neste sábado (3). O equipamento, um dos símbolos da cultura local, foi reconstruído pelo Governo do Pará, garantindo a salvaguarda das centenas de peças colecionadas pelo padre Giovanni Gallo (1927-2003), fundador do Museu, que contam a história do homem, da fauna e da flora da região. Desde a reabertura, o espaço já recebeu mais de 125 mil visitantes.

Localizado na Travessa Major Emíliano Santos, no centro da área urbana de Cachoeira, o equipamento funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. Neste sábado, o Museu do Marajó terá visitas guiadas ao longo do dia. A entrada é sempre gratuita.

O acervo é formado por utensílios domésticos, cestaria, cabaças, jarros, cuias e demais objetos, que denotam a religiosidade e outros aspectos da Amazônia, doados por moradores e provenientes das buscas feitas pelo padre Gallo. 

O Museu permite o contato com aspectos importantes da história e cultura do MarajóParada obrigatória - “Foi um dos trabalhos mais bonitos que entregamos, cheio de significados e resgates e, acima de tudo, um compromisso do Governo do Pará com a cultura e a região. O Museu do Marajó, hoje, é parada obrigatória; uma imersão dentro da nossa Amazônia. É uma alegria enorme e genuína ver esse equipamento, tão rico e simbólico, em plena atividade”, destaca Ursula Vidal, titular da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), órgão responsável pela administração do equipamento, via Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM).

Antes das obras, a gestão do espaço era feita pela Associação do Marajó. Eduardo Portal, à época presidente da Associação e atual diretor do Museu, ressalta a importância do espaço para a região. “É uma conquista grandiosa que celebramos com orgulho. Hoje, contamos com um Museu totalmente revitalizado, atraindo constantes visitantes de nossa região, do Marajó, do Estado, do Brasil e até mesmo internacionalmente. Muitos visitantes de outros países nos prestigiam”, diz o diretor. 

Área interna do Museu com a foto do padre Giovanni Gallo, idealizador e fundador do espaçoAmpliação - Com a reconstrução, o Museu do Marajó passou a contar com um amplo salão de exposições, remanescente do espaço original, incluindo fachada e área de exposições; um hall de entrada voltado para a rua principal; uma lojinha; área administrativa e apoio técnico; a casa do Padre Gallo; varandas externas voltadas para o bosque do Museu, e um acesso coberto para a reserva técnica do complexo, além de banheiros, climatização e iluminação especial. Na obra foram investidos cerca de R$ 4 milhões. 

Anexas ao pavilhão principal foram incorporadas duas praças. Uma interna, que conecta o pavilhão principal do Museu à sepultura e à casa do padre Giovanni Gallo, e uma externa, criada a partir da retirada dos muros do Museu ao longo da nova fachada principal, possibilitando interação direta com a cidade. O Museu também recebeu novas instalações elétricas, hidrossanitárias e de prevenção e combate a incêndio. A área útil tem 3.062 metros quadrados (m²).

História - O Museu do Marajó foi fundado em 1972, no município de Santa Cruz do Arari, pelo padre e museólogo Giovanni Gallo, passando a funcionar em Cachoeira após a mudança de Gallo para a cidade. A inauguração oficial foi em 1987, mas três anos antes, em 1984, já havia sido aberto ao público.

O fundador, além de coletar e proteger peças que contam a história da região, defendia que o Museu tinha por missão o desenvolvimento socioeconômico do arquipélago, exaltando a ligação da comunidade com o acervo.

Texto: Ascom/Secult