A noite desta sexta-feira (7), em Belém, foi marcada por mais uma edição do projeto Uma Noite no Museu, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult). Esta edição do circuito noturno atraiu cerca de 9 mil visitantes, e proporcionou diversas atrações nos Museus de Arte Sacra (MAS), do Círio, do Forte, do Estado (MEP), de Arte (Mabe) e da Imagem e do Som (MIS), além da Casa das Onze Janelas, do Palacete Faciola, do Cemitério Soledade e do Centro de Memória da Polícia Militar.
A designer Isabela Sales, de 30 anos, fez questão de conferir a programação. “Gosto muito de museus, especialmente à noite, pois traz um misticismo que mexe com o imaginário das pessoas e ameniza o calor”, disse enquanto visitava o MAS. O espaço atraiu os visitantes com seu acervo permanente de arte barroca e com a apresentação do concerto musical “Duo Hominis”, na Igreja de Santo Alexandre, e com as obras do 13º Prêmio Diário de Fotografia, na Galeria Fidanza.
“Acredito que promover visitações é importante para a cultura. Para nós, designers, é uma ótima oportunidade de vender, circular e dialogar com o público”, acrescentou Isabela, que também participou expondo na feira criativa do museu. “Aqui, trocamos ideias de maneira descontraída, o que torna a experiência ainda melhor. As pessoas visitam nosso estande, compram produtos e presenteiam. Participar de feiras é algo que realmente aprecio, e aqui é particularmente especial”.
Bruno Chagas, titular da Secult, destaca que o projeto "Uma Noite dos Museu" é uma iniciativa do Governo do Pará que visa democratizar o acesso aos museus e à cultura. “Esse é um projeto muito importante para nós, parte de uma política pública que visa ampliar o acesso cultural. As pessoas podem reunir suas famílias, seus amigos, e desfrutam desses equipamentos, das nossas exposições, nesse horário que também é mais tranquilo, que é o fim de tarde e durante a noite”.
Circuito - Na Casa das Onze Janelas, também foi possível visitar as obras do 13º Prêmio Diário de Fotografia. No MEP, a mostra “Bancos Indígenas do Brasil – Grafismos” apresentou peças de 40 grupos indígenas da Amazônia, junto com uma feira de artesanato indígena. O museu também apresentou a reserva técnica de arqueologia ao público. Já o Forte do Presépio, contou com a instalação “Reflorestar o imaginário” de Hal Wildson.
No Cemitério da Soledade houve visita guiada com a professora Ida Hamoy. No Palacete Faciola, além da visita ao memorial, o MIS exibiu o documentário “Tó Teixeira: Violão Mestre” no auditório Eneida de Moraes, como parte do projeto CineClubeMIS. O documentário já sido exibido pela Tv Cultura, mas ganhou a grande tela. A obra, dirigida por Felipe Cortez com consultoria de Salomão Habib, emocionou a plateia.
O evento também incluiu o Preamar da Criatividade, uma feira com doze empreendedores locais ligados à Economia Criativa. A feira contou com a apresentação do grupo Sabor Marajoara na Praça da Fonte, no complexo Feliz Lusitânia. No local, embalados pelos ritmos regionais, os visitantes puderam comprar produtos artesanais, especialmente cerâmicas. Nesta edição, a feira foi destinada à empreendedores ceramistas.
Texto: Amanda Engelke / Ascom Secult